Bebê morto em Paulista após suspeita de engasgo teve pulmão perfurado por costela quebrada; cuidadora foi presa
16/06/2025
(Foto: Reprodução) Mãe do padrasto da criança, que era a cuidadora, foi autuada em flagrante por 'lesão corporal seguida de morte' na noite do domingo (15). Mulher é presa após morte de bebê em Paulista
A morte do bebê de dois anos, na sexta-feira (13) em Paulista, supostamente causada por engasgo com uma maçã, na verdade teve uma origem criminosa, segundo a Polícia Civil. A perícia realizada pelo Instituto Médico Legal (IML) identificou que a criança morreu por uma hemorragia causada por perfuração no pulmão, após uma fratura na costela (veja vídeo acima).
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[CORREÇÃO: Ao publicar esta reportagem, o g1 errou ao afirmar que Saymon Otávio morreu em Olinda. A confirmação da morte aconteceu em uma Unidade de Ponto Atendimento da cidade de Paulista, no Grande Recife. O erro foi corrigido às 16h30.]
As informações foram repassadas pela delegada Euricélia Nogueira, responsável pelo caso, à TV Globo. Por conta do laudo do IML, uma mulher de 53 anos que cuidava do menino Saymon Otávio Siqueira de Oliveira foi presa em flagrante.
A mulher foi identificada como Mônica Vilar da Silva, mãe do padrasto do garoto, que cuidava de Saymon para a mãe dele poder trabalhar. Ela teve a prisão em flagrante convertida em preventiva após passar por audiência de custódia na tarde desta segunda-feira (16).
Procurada pelo g1, a defesa de Mônica Vilar da Silva disse que iria se pronunciar após se inteirar sobre o caso.
Ainda de acordo com a delegada, o bebê também apresentava uma fratura suspeita no braço. Esta outra lesão, segundo Euricélia Nogueira, aconteceu há cerca de duas semanas.
Após a morte, o corpo de Saymon foi encaminhado inicialmente para o Serviço de Verificação de Óbito (SVO), que determina a causa de mortes naturais. Segundo a delegada Euricélia Nogueira, por conta dos sinais de maus tratos identificados no corpo do bebê, o menino foi encaminhado para o IML, que investiga mortes violentas ou suspeitas.
Ainda de acordo com a delegada, parentes, vizinhos e pessoas que conviviam com Saymon foram conduzidos pela Polícia Civil para prestar depoimento.
Em nota, a Polícia Civil informou que o laudo pericial do IML será anexado ao inquérito e que as investigações seguem sob o comando da 7ª Delegacia de Polícia de Homicídios. A causa do óbito foi definida como “lesão corporal seguida de morte”.
O corpo de Saymon foi sepultado no fim da manhã desta segunda-feira (16), no Cemitério Campo Santo São José, em Paulista, no Grande Recife.
Saymon Otávio, de dois anos, morreu por hemorragia pulmonar após fratura de costela
Reprodução/WhatsApp
Entenda o caso
Saymon morava com os pais no bairro do Nobre, em Paulista, e passou mal na noite da sexta-feira (13);
ele morreu às 22h13, após receber os primeiros atendimentos por um suposto engasgo com maçã na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Geraldo Pinho Alves, em Jardim Paulista;
na UPA, o menino recebeu cuidados médicos como intubação e reanimação cardiorrespiratória, mas não resistiu;
após ser encaminhado ao SVO, o corpo do menino foi transferido para o IML, localizado no bairro de Santo Amaro, no Centro do Recife, para passar por uma nova avaliação.
o atestado de óbito apontou como causa da morte insuficiência respiratória e tromboembolismo pulmonar, condição na qual uma artéria do pulmão é obstruída por um coágulo sanguíneo.
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